quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tem rapariga aí?
Ariano Suassuna
 
'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma plateia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e revelou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção.
Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.
 
-- Magie
 
 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Em busca de quê?

Apesar de todas as diferencias que norteia nossa vida, que nos difere um dos outros, nossos anseios, necessidades e desejos, exactamente como diferimos física e emocionalmente. Mas, apesar destas diferenças, a busca da felicidade é comum a todos.
E assim cada um valorizar o que melhor lhe convém, fama, fortuna contam felicidade que alguns até consideram mais profundamente, mesmo que o velho ditado diz "dinheiro não compra felicidade" de fato verdade, já que valores tais como saúde, amizade verdadeira e paz de espírito não podem ser comprados, talvez essa felicidade seja subjectiva não podendo assim se definida.
O que te traz felicidade? 
Já pensou nisso? 
Você esta em busca de quê?


-- Magie 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tem dia que é assim...

Tem dia que é assim me deparo pensando, será que a alegria e a tristeza são cúmplices? Digamos que uma é o avesso da outra,  para encontramos  temos que nos ausentar de tudo que buscamos? E nessa ausência e na busca diaria encontramos um EU que antes nao conheciamos mas que nos torma fortes como nunca aviamos percebido. Enfim, vivo assim, ora triste, ora alegre..encontro-me em um caminho estrelaçado de tantas perguntas sem respostas, e respostas em que nao fiz perguntas. Mas de uma coisa eu sei, ora alegre, ora triste vou vivendo um jetio novo de busca a felicidade, ora triste, ora alegre, meu Ser fica mais forte, me permito conhcer, encontrar, ausentar, volta, e nesses entrelaços de momento, fica claro pra mim que a vida é feita de experimentos, ora triste, ora alegre...sagrado momentos!








terça-feira, 1 de fevereiro de 2011





Ontem foi meu retorno para faculdade, me sinto uma estranha no ninho, tem umas pessoas estranha, ninguem me desejou boa noite, tão pouco um Seja benvida, mas enfim o que eu esperava de um lugar capitalista como é aquela instituição. Pessoas fúteis, o que pecebir na aula de Direito Processual do Trabalho, onde a grande maioria se sentiu indignado ao saber que o trabalhador não necessitar no inicio do processo fazer preparo, oras, numa relação trabalhista o trabalho é a parte mais fraca, pensei e me sinto indignada com tal fato...serão um ano, no qual terei a mesmo prostura que a Malfada apresenta acima, "muda", "surda" e "cega.


-- Magie