terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Experiencia....

Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxa.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei depilando a perna.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que eram as mais difíceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
Já gritei de felicidade,
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade..
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas.
Tantos momentos fotografados pelas lentes da emoção e guardados num baú, chamado coração.

E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
'Qual sua experiência?' .
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência...experiência....
Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência?
Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!

Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: Experiência? "Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?"


-- Magie Real









sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Certas acontecem com agente que...

Nos remetes a mil pensamentos do passado ou do furuto....ontem por exemplo quando esta voltando para casa depois de um dia cheio de trabalho, fui pega pela chuva, uma chuva fria e gostosa. Decidi nao me esconder dela, e ao sentir aquelas gotas d'agua caindo sobre meu rosto, lembrei da minha infancia. Sempre que chovia era uma festa, faziamos questão de nos mollhar e toma um delicioso banho de chuva, era magico, corre e pisa nas posas d'aguas, entra debaixo da agua que cai das calhas das casa...rs, parece louca mais era coisa de criança...
Hoje ao acorda tive a triste noticia, minha carteira e as minhas chaves ficaram esquecidas no carro do meu marido, fiquei a manha toda tranca em casa até a hora do almoço...e quase ficando careca de precupação, engaçado quando se é criança umas coisas dessas nunca acontecia pra evitar a ida na escola, e se acontecesse tinha certeza que nao ficaria nenhum pouco preocupadal...ah, a infancia, minha doce e velha infancia!
Bateu uma saudades dela!




--Magie Real

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Deus nos livre das chuvas de granito...

Meu amigo que mora lá, escreveu sobre a chuva da granizo, e ai fiquei a imagina...como seria uma chuva de granito?

Um CAOS total!!!
Pensem, uma chuva de uma material que É mais duro que o mármore.

Isso me remete a outra analize... Como seria os "guarda-chuvas"?
 o.O

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Assim sou eu!

Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima. Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!

Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Meus bons amigos onde estaõ...o.O

Hoje acordei um tanto quanto meia saudosista. Mesmo sem um puto no bolso, curtiram aquele vazio entre a infância e a adolescência como raros. Amigos prometeram mudar o mundo. Sabe, nós éramos diferentes. Era um grupo focado, que tinham seus ideais, metas, desejos e, principalmente, pavor do senso comum. Tinham soluções para todos os problemas climáticos, diplomáticos e econômicos do país. Numa madrugada achavam respostas para a interminável guerra no oriente médio, a defesa da seleção brasileira e a então assustadora alta do dólar. Não vou cair no clichê de dizer que eram os melhores anos de nossas vidas, pois não eram. Foram anos de aprendizagem. Nós não tínhamos estilo. Nós nos conhecíamos, éramos uncool. As grandes obras de arte retratam esse problema, pois as pessoas bonitas não têm caráter. A arte delas não perdura.A única moeda nesse mundo falido é que se partilha com outra pessoa, quando não se tem estilo. Mas o nosso grande trunfo era a noção do que se passava. Tínhamos a certeza de que vivíamos anos diferentes.  Nós tiramos proveito disso. O futuro, você sabe, assusta.Anos depois, que seja, eu faço um pós-mídia do que aconteceu. Desde nossas previsões até a experiência vivida por alguns. É um pouco idiota ver como éramos inocentes e tolos ao imaginar que tudo seria como queríamos. Meus sonhos, ou grande parte deles, não foram realizados. E o motivo é obvio: nós não sabíamos de nada.
Há o que fazer. E, principalmente, aprender. Quisemos mudar o mundo, mas sem conhecê-lo. Ainda há tempo? Bem isso eu não sei. Provavelmente não. Isso talvez eu nunca irei saber. Já você, pode fazer diferente: levante-se. E não morra com essa dúvida. Vale a pena....