segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Hoje esta muito frio, sim um fria segunda-feira, minha cabeça doí horrores, daqui a poco tenho aula de Antropologia, mas tarde, Direito Civil, e Legislação Especial. Mas o que eu realmente gostaria de ter que fazer era deitar numa cama macia e quente...e nessa horas que agente vê que quereer nem sempre é poder!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Uma semana já se passou, escrevei poucas vezes. O engraçado é que sempre tenho o post feito na minha cabeça, mas acabo como diz minha psicologa, me boicotado...
Hoje pensei em compra um caderno, não sei quem saber fazer um diário, minha vida ta corrida e as vezes me da uma vontade de não fazer nada! E a monografia ta chegando, e eu ainda nao estudei nadaaaaaaa...ai meu Deus me acode!

domingo, 12 de junho de 2011

Que amor é esse?

Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo: 
te amo secretamente, entre a sombra e a alma.
.
Te amo como a planta que não floresce e leva 
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores, 
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo 
o apertado aroma que ascender da terra.
.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, 
te amo directamente sem problemas nem orgulho: 
assim te amo porque não sei amar de outra maneira, 
Se não assim deste modo em que não sou nem és 
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha 
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tem rapariga aí?
Ariano Suassuna
 
'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma plateia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e revelou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção.
Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.
 
-- Magie
 
 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Em busca de quê?

Apesar de todas as diferencias que norteia nossa vida, que nos difere um dos outros, nossos anseios, necessidades e desejos, exactamente como diferimos física e emocionalmente. Mas, apesar destas diferenças, a busca da felicidade é comum a todos.
E assim cada um valorizar o que melhor lhe convém, fama, fortuna contam felicidade que alguns até consideram mais profundamente, mesmo que o velho ditado diz "dinheiro não compra felicidade" de fato verdade, já que valores tais como saúde, amizade verdadeira e paz de espírito não podem ser comprados, talvez essa felicidade seja subjectiva não podendo assim se definida.
O que te traz felicidade? 
Já pensou nisso? 
Você esta em busca de quê?


-- Magie 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tem dia que é assim...

Tem dia que é assim me deparo pensando, será que a alegria e a tristeza são cúmplices? Digamos que uma é o avesso da outra,  para encontramos  temos que nos ausentar de tudo que buscamos? E nessa ausência e na busca diaria encontramos um EU que antes nao conheciamos mas que nos torma fortes como nunca aviamos percebido. Enfim, vivo assim, ora triste, ora alegre..encontro-me em um caminho estrelaçado de tantas perguntas sem respostas, e respostas em que nao fiz perguntas. Mas de uma coisa eu sei, ora alegre, ora triste vou vivendo um jetio novo de busca a felicidade, ora triste, ora alegre, meu Ser fica mais forte, me permito conhcer, encontrar, ausentar, volta, e nesses entrelaços de momento, fica claro pra mim que a vida é feita de experimentos, ora triste, ora alegre...sagrado momentos!








terça-feira, 1 de fevereiro de 2011





Ontem foi meu retorno para faculdade, me sinto uma estranha no ninho, tem umas pessoas estranha, ninguem me desejou boa noite, tão pouco um Seja benvida, mas enfim o que eu esperava de um lugar capitalista como é aquela instituição. Pessoas fúteis, o que pecebir na aula de Direito Processual do Trabalho, onde a grande maioria se sentiu indignado ao saber que o trabalhador não necessitar no inicio do processo fazer preparo, oras, numa relação trabalhista o trabalho é a parte mais fraca, pensei e me sinto indignada com tal fato...serão um ano, no qual terei a mesmo prostura que a Malfada apresenta acima, "muda", "surda" e "cega.


-- Magie

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

UM CURIOSO SILÊNCIO DE SIMONE DE BEAUVOIR Marie-Jo Bonnet | 27.04.1999

publicado originalmente em Ex Aequo n°27 | extraído (e traduzido) de Le Seminaire Gai
"...isso me parece estranho, ser amada apaixonadamente dessa maneira feminina e orgânica por duas pessoas: Védrine (...) et Sorokine..."
Lettres à Sartre, 1939.
A publicação do Diário de Guerra de Simone de Beauvoir, de suas Cartas a Sartre e de Memórias de uma Moça Malcomportada, de Bianca Lamblin, possibilitaram descortinar um curioso silêncio da autora de O Segundo Sexo, que celebra este ano (1999) seu cinqüentenário: sua relação íntima com o lesbianismo. Agora sabe-se que Simone de Beauvoir teve relações carnais com mulheres, “as paixões or-gânicas”, vividas geralmente com suas antigas alunas. Sabe-se também que sua vida amorosa foi estruturada ao redor de um trio, e não de um casal. Um trio que compreendia de um lado um “amor necessário”, com Sartre; e o que ela chamava de “amores contingentes”, com mulheres. A questão que se coloca depois dessas revelações póstumas é: por que a filósofa existencialista escondeu sua “bissexualidade” já que ela colocava a verdade como fundamento de sua moral de autenticidade?
Deve-se ver nisso uma reação à homofobia da sociedade francesa, que a marcara desde sua adolescência através da morte de sua amiga Zaza, com quem ela experimentara “emoções não-codificadas”?
Durante a guerra, Simone de Beauvoir foi igualmente vítima da ideologia vichyssoise do TPF (Trabalho-Família-Pátria), já que foi suspensa da Educação Nacional depois da queixa da mãe de uma de suas alunas por “corrupção de menor”. Se ela menciona a homofobia em O Segundo Sexo, apresentando as lésbicas como “aquelas que escolhem caminhos condenados”, percebe-se, entretanto que ela não faz aí uma análise, contentando-se em retificar as falsas certezas da psicanálise sobre as lésbicas “viris” e “femininas”, enquadrando em sua reabilitação da “voluptuosidade lésbica” sérias restrições, uma vez que ela praticamente conclui o capítulo dizendo: “Nada pode dar pior impressão de estreiteza de espírito e de mutilação que esses clãs de mulheres libertas”.
É possível observar como a filósofa Simone de Beauvoir não estava pronta a se reconhecer como lésbica. Tudo nela se rebela a essa idéia, a começar por sua concepção da emancipação feminina que é para ela, a princípio, uma aventura intelectual levada pela fraternidade masculina e consolidada pela independência econômica.
Mesmo durante os anos MLF (Mouvement de Libération des Femmes — Movimento de Libertação das Mulheres), em que as lésbicas enfim tiveram voz pública, Simone de Beauvoir jamais disse uma palavra de apoio, preferindo se engajar no combate a favor do aborto (que não lhe concernia pessoalmente, se levarmos em conta suas memórias), tanto quanto a liberação homossexual. Eu a encontrei várias vezes nesta época, num grupo de historiadores que preparava emissões televisivas que deveriam ir ao ar em Sartre dans le Siècle, e jamais conseguimos nos falar, ainda que eu a tenha questionado sobre Violette Leduc no momento em que começava minha tese sobre amor entre mulheres.
Este silêncio sobre a homossexualidade tem uma razão, e se explica a meu ver, bem mais por suas idéias filosóficas que por um medo qualquer da “canalhice francesa”. O materialismo existencial, que fundamenta sua análise da opressão das mulheres, bloqueia toda a ancoragem do amor lésbico numa dinâmica emancipadora. Pois se a mulher é o Outro, se a feminilidade é socialmente construída — um mito, demonstra ela em O Segundo Sexo —, se enfim o amor é uma alienação livremente consentida, como uma mulher poderia construir sua identidade de sujeito livre através de um amor por outra mulher? É impossível, e compreende-se porque tal visão da mulher “relativa” não pode desembocar numa análise da homofobia. Seria preciso que “a essência” não sucedesse à existência, que ela fosse ao menos co-originária para que o desejo homossexual fosse incluído como uma das dimensões da identidade humana.
A frase que inicia o capítulo de O Segundo Sexo sobre o lesbianismo é reveladora desta posição de identidade insustentável que teve Beauvoir do pós-guerra até sua morte em 1986. “... a mulher sempre será frustrada como indivíduo ativo”, escreve ela. “Não é o órgão da possessão que ela inveja no homem, mas sua presa”. Eis as palavras extremamente reveladoras de sua relação com a mulher desejada e o mundo masculino. A mulher é uma “presa” sexual, um objeto de consumo, de devoração. As metáforas alimentares surgem de sua pena quando ela evoca a noite passada com uma de suas jovens amantes, como em 1939, em que ela escreve: “Noite patética — apaixonada, repugnante como foie gras...”.
Pode-se imaginar em que contradições Simone de Beauvoir se debatia. Uma avidez existencial sem precedentes que incluía a volúpia feminina, uma paixão absurda por Sartre que lhe impôs amantes que ela “dividia” com ele. Enfim, um desgosto pela feminilidade concebida como puro produto da dominação não lhe ajudou em nada a abandonar o silêncio de sua práxis lésbica. Mas é talvez ainda mais seu sistema filosófico que impôs obstáculos, tanto é verdade que o Espírito é a verdadeira morada de nossas “emoções não-codificadas”.

Marie-Jo Bonnet
Copyright M.J. Bonnet © 1999

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Divas Negras....

"entre as divas negras anônimas da Rio-Bahia
entre as divas negras anônimas entrecortadas por uma BR
entre as divas anônimas há negras que me aparecem nas viagens
entre sonhos as negras, entre flores no cabelo
entrecortadas por estradas do país inteiro
há você

entre as divas esquecidas no norte de Minas Gerais
entre as mulheres perdidas dentro de convenções sociais
entre deusas, divas e flores que compõe esse poema
entre todas elas e cada uma de nós
belas mulheres invadem nosso ser
em você


és uma parte de nossa representação
somos tu!
divas negras e coloridas"
                                                Monique Rosa Brasil

(inspirado em Magie Real)